Maior que a morte

O que pode ser maior que o seu pior inimigo?

A morte.

O que pode ser mais trágico e assustador que a morte?

O que pode gerar uma mudança mais drástica na vida do que a morte?

A morte literalmente termina com a vida de quem foi. Mas em vários aspectos também termina com a vida de quem ficou.

A morte não pede licença, não fala por favor e nem bate na porta. Ela chega, e tudo muda. Coloca um ponto final. Termina com o jogo.

A morte é assustadora, e exatamente o fato da morte ser tão assustadora é o que torna a mensagem de Jesus Cristo tão escandalosa e grandiosa. Ele venceu a morte.

Um homem que não pôde ser contido pela morte. Que fez com a morte o que nenhum outro fez. Após ser morto, Ele saiu dos poderes da morte, saiu com a licença que atesta que Ele é maior do que a morte.

A morte não pôde o conter, não pôde o prender. As escrituras dizem que o salário do pecado é a morte. O Santo de Deus não pecou, e consequentemente a morte não teve poder sobre Ele.

Se a morte é o que gera mais impacto e mudança na vida de alguém, como dissemos no inicio, esse acontecimento muda tudo. Se Ele venceu a morte, nada pode o conter. Ele vive para sempre.

Aquele que vive para sempre, que venceu a morte, tem autoridade e poder sobre todas as coisas, incluindo nós mesmos, você e eu; e isso seria um problema se Ele fosse mau, mas é uma grande benção pelo fato Dele ser o bom pastor.

Porque Ele venceu a morte, podemos viver para sempre. Ele prometeu que voltará e habitaremos com Ele para sempre. Uma forma de vida que talvez seja impossível de imaginarmos, mas é real, tão real que é maior que a própria morte.

Com base nessa promessa, o Apostolo Paulo instruí a igreja de tessalonicenses sobre como lidar com a morte de pessoas queridas que partiram.

Paulo disse: “Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram.” I TS 4:13 e 14.

Existem alguns pontos muito importantes a considerarmos.

Ele começa dizendo sobre não sermos ignorantes quanto aos que dormem, ou seja, devemos saber sobre, ter informação para desenvolvermos conhecimento.

Em outras palavras, Ele diz que não ser ignorante irá nos equipar para não nos entristecermos da mesma forma que as pessoas que não tem esperança. Ele não diz para não nos entristecermos, o que seria impossível, mas diz para não nos entristecermos como aqueles que não tem esperança.

Isso faz toda a diferença. Temos a capacidade de passar por algo com maior tranquilidade se temos uma esperança nos aguardando no fim. 6 horas de “espera” em um carro viajando não pode ser comparada com 2 horas de espera sem finalidade. Até porque, a espera sem finalidade nem mesmo é uma espera. A esperança só existe quando se espera algo.

Continuando o texto, Paulo usa uma frase que torna a esperança condicional, dizendo “se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram”, ou seja, crer que Jesus morreu e ressurgiu implica em crer também que Deus trará os mortos de volta a vida. Se não cremos em um, não cremos no outro.

Mas se cremos que Cristo Jesus morreu e ressuscitou, essa mensagem se torna um grade conforto para os que creem. A grande expectativa de conhecer Jesus pessoalmente é também incendiada com a expectativa de encontrar quem muito amamos.

E essa grande esperança, esse grande conforto diante a dor, pode ser ainda mais que consolo.

Se cremos que de fato é como Jesus disse, essa esperança deve ser não apenas um conforto, mas nosso grande desejo, nosso grande anseio, o grande motivo do nosso empenho e trabalho diário.

A morte, o que era o inimigo mais temido, se torna a ponte para uma vida melhor. Como Paulo escreve na carta aos Filipenses, “para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Frase que poderia ser interpretada como falta de vontade de viver, se ele não estivesse se referindo ao seu grande desejo de encontrar a própria Vida.

Que o Senhor gere em nós uma convicção tão grande de sua promessa, que a esperança não seja apenas o conforto, mas o nosso grande desejo.